"At least 80 people were killed and nearly 165 wounded in car bomb attacks on markets in Baghdad today on the first anniversary of an attack on one of Shia Islam's holiest shrines, Iraqi officials said." (The Guardian, 12.02.07)
Outra vez notícia.
Começo a ouvir à minha volta que o Iraque está hoje pior do que antes da invasão e que, se calhar, o Saddam Hussein não era assim tão mau, ou era pelo menos necessário, já que mantinha o país em (na) ordem. E que nem todos os povos estão preparados para viver em liberdade.
Pois.
Eu, ultimamente, lembro-me de Kant. Sim, Kant. O das sebentas e das aulas de filosofia do Stôr Carvalho. Aquele filósofo alemão muito metódico que submeteu a Razão a um Tribunal (da Razão Pura) e que, excepcionalmente, saiu para comprar o jornal mais cedo do que o habitual, quando soube da notícia da Revolução Francesa.
Eu, ultimamente, lembro-me de Kant. Sim, Kant. O das sebentas e das aulas de filosofia do Stôr Carvalho. Aquele filósofo alemão muito metódico que submeteu a Razão a um Tribunal (da Razão Pura) e que, excepcionalmente, saiu para comprar o jornal mais cedo do que o habitual, quando soube da notícia da Revolução Francesa.
Então, como agora, questionava-se da bondade da revolução em França, uma vez que o que se seguiu foi um período de terror, com meio Paris a ser passado pela guilhotina. Então - e não resisto a imitar o estilo do Stôr Carvalho - então, "o Kant disse assim:" não se pode exercer a liberdade, sem previamente se ter adquirido a liberdade. Logo, esse período de terror que se seguiu à aquisição da liberdade (pelos franceses ou, para o caso, pelos iraquianos) faz parte de um processo necessário de aprendizagem da liberdade. Só somos capazes de exercer a liberdade, se formos responsáveis e apenas somos responsáveis se formos livres (creio que Sartre pega nesta ideia uns séculos mais tarde...).
Assim que haja esperança para o futuro dos iraquianos... e para aqueles que chumbaram a filosofia.
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