Hunting chimps may change view of human evolution (Reuters, 22-02-07)

Charles Darwin Cartoon, London Sketchbook, 1874

Para ler o relatório completo dos investigadores Jill D. Pruetz e Paco Bertolani, aqui

pensar na Quaresma

Mi fido di te, Jovanotti

Quarta-feira de cinzas

[...]
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira.
[...]

Felicidade, Tom Jobim - Vinicius de Moraes

Carnaval II

"Agarrem-me, senão eu vou-me embora!"

Foto: Lusotopia

Carnaval

O que eu queria mesmo era ver mais um episódio da série policial "Código: Sintra" que, supostamente, passa na RTPi às segundas-feiras, depois do telejornal, das bocas do Dr. António Vitorino e do Portugal Indústria. Ufff, o que há que aguentar, é como ver o TV Rural na esperança dos desenhos animados. Em vez do policial, está a dar uma espécie de concerto de Carnaval com a orquesta toda mascarada (meus amigos: mascarados andamos nós o ano inteiro!). Agora mesmo está um solista a cantar a aria "La donna è mobile", vestido de Tarzan, quase nu...

Com alguma razão, os senhores responsáveis pela programação da RTPi devem pensar que são tão maus, tão maus, mas tão maus, que estarão decerto a emitir para o vazio. Quase! Ainda têm alguns (poucos) telespectadores, emigrantes e lixados da vida, que tudo o que queriam é poder ver o seu programa favorito no dia combinado, a horas certas.

É assim tão complicado respeitar uma grelha de programação?

(Oh meu Deus agora estão a tocar a canção do Noddy!)

viva España!

"Spain’s transformation from an impoverished southern European backwater into one of Europe’s most vibrant economies is confirmed by an opinion poll published on Monday that shows it is the most popular destination for Europeans thinking of working abroad.
The FT/Harris poll portrays Spain as a country at ease with itself: its citizens are relaxed about immigration and are the most optimistic citizens of any major European country that their lives are getting better."

Para ler a notícia completa, publicada no FT, 18-02-2007, aqui

o meu país imaginário

PÁTRIA

Soube a definição na minha infância.
Mas o tempo apagou
As linhas que no mapa da memória
A mestra palmatória
Desenhou.

Hoje
Sei apenas gostar
Duma nesga de terra
Debruada de mar.

Miguel Torga, Portugal

um velho amigo

"Poema é toda a página aberta diante de mim, caligrafada de esperança e de calma."

Miguel Torga, Portugal

Quase Perfeito

Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Donna Maria, do albúm "tudo é para sempre..."

parabéns Beatriz

sobre o exercício da liberdade

"At least 80 people were killed and nearly 165 wounded in car bomb attacks on markets in Baghdad today on the first anniversary of an attack on one of Shia Islam's holiest shrines, Iraqi officials said." (The Guardian, 12.02.07)

Outra vez notícia.

Começo a ouvir à minha volta que o Iraque está hoje pior do que antes da invasão e que, se calhar, o Saddam Hussein não era assim tão mau, ou era pelo menos necessário, já que mantinha o país em (na) ordem. E que nem todos os povos estão preparados para viver em liberdade.

Pois.
Eu, ultimamente, lembro-me de Kant. Sim, Kant. O das sebentas e das aulas de filosofia do Stôr Carvalho. Aquele filósofo alemão muito metódico que submeteu a Razão a um Tribunal (da Razão Pura) e que, excepcionalmente, saiu para comprar o jornal mais cedo do que o habitual, quando soube da notícia da Revolução Francesa.

Então, como agora, questionava-se da bondade da revolução em França, uma vez que o que se seguiu foi um período de terror, com meio Paris a ser passado pela guilhotina. Então - e não resisto a imitar o estilo do Stôr Carvalho - então, "o Kant disse assim:" não se pode exercer a liberdade, sem previamente se ter adquirido a liberdade. Logo, esse período de terror que se seguiu à aquisição da liberdade (pelos franceses ou, para o caso, pelos iraquianos) faz parte de um processo necessário de aprendizagem da liberdade. Só somos capazes de exercer a liberdade, se formos responsáveis e apenas somos responsáveis se formos livres (creio que Sartre pega nesta ideia uns séculos mais tarde...).

Assim que haja esperança para o futuro dos iraquianos... e para aqueles que chumbaram a filosofia.

nos céus de Madrid

Hoje, encontrei-me com estes passaroucos no meu caminho para casa. Creio que eram gaivotas...gaivotas em Madrid!?

spanglish

momento Futre

Para grande risota dos membros da nossa pequena comunidade tuga, já todos fomos alguma vez apanhados a dizer algo do género:

"baixar a rua" em vez de "descer a rua",

"eu que sei" em vez de "eu sei lá",

"facturar as malas" em vez de "fazer o check-in",
"já te chamo" em vez de "já te ligo" - se bem que esta última foi alvo de acesa discussão, pois em português pode-se dizer "fazer uma chamada", logo esta, segundo o seu autor, não seria 100% um momento Futre (está na fase de negação...).

Eu padeço, segundo a opinião geral, de um avançado estado crónico e detenho o record absoluto de momentos Futre. Um dos últimos, apesar de ter passado discretamente, fascinou-me quando me dei conta; disse eu que fulano "teve um detalhe", o que equivale ao nosso "teve uma atenção" ou "foi atencioso da parte de fulano tal".

Filosoficamente falando, "tener un detalle" é mais do que "ter uma atenção", para se chegar ao detalhe, além de ter uma atenção, é preciso prestar atenção... o que faz toda a diferença!

finalmente é sexta-feira

Yepeee!!!

porque hoje é outra vez segunda-feira

"Duas coisas só me deu o Destino: uns livros de contabilidade e o dom de sonhar."

Livro do Desassossego, Bernardo Soares (Fernando Pessoa)

Assim Não

Assim Sim! Cheguei a temer que em Portugal não houvesse ninguém capacitado para avaliar o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa...7 valores!

winter blues

O dia de hoje amanheceu assim, outra vez.


















Blue and Grey, Mark Rothko, 1962

interdit de fumer

Ilustração do Stuart, editada pela Ed. 19 de Abril, 2005

No dia 1 de Fevereiro de 2007, a França juntou-se também ao fado do cigarro. Primeiro foi a Irlanda. Depois foi a vez da Espanha e da Itália lhe seguirem o exemplo.

Habituei-me a ver os "fumetas" à porta dos edifícios de escritórios, mortos de frio (na empresa onde trabalho, as pessoas devem inclusivamente picar o ponto quando descem à rua para fumar). O fumo desapareceu também da maioria dos restaurantes e cafés.

Vive-se melhor assim, ainda que confesse que adoro o cheiro de um cigarro acabado de acender.

(veio mesmo a calhar, comprei este postal na última vez que estive em Lisboa. Desenvolvi esta fixação pelos quiosques e casas de jornais, esta mania de comprar sempre um par de postais bonitos juntamente com as revistas " Os meus livros", a "Blue Cooking" e a "Vogue" - arrependo-me sempre de comprar a última, pois parece que não tem edição própria. Traz sempre os artigos requentados que saíram na edição inglesa dois meses antes e que tenho lá em casa. Mas isto já dava para outro post...)