30 June 2007

a República é laica


"O Governo aprovou a celebração de casamentos religiosos, com efeitos civis, a comunidades religiosas radicadas em Portugal há mais de 30 anos."

Mais aqui.
Se esta esquerda bem pensante prentendesse, de facto, acabar com as prerrogativas da Igreja Católica em Portugal, acabava com elas, em vez de andar a distribuir alegremente prerrogativas e benesses pelas demais confissões religiosas. De acordo com os valores laicos da República, consagrados na Constituição, revogem-se os benefícios fiscais concedidos à Igreja Católica, acabe-se com as aulas de religião nas escolas públicas, proceda-se à revisão da Concordata com a Santa Sé, separe-se o casamento civil do casamento católico. Legisle-se no sentido de acabar com uma situação de favor mantida por razões históricas e sociais, não criando vários sucedâneos dessa mesma situação.

Não quero mal-entendidos. Casei-me segundo o rito católico, tenciono baptizar os filhos que vier a ter e educá-los em conformidade com esses valores. Não espero é que seja o Estado a dar catequese aos meus filhos. Os compromissos que assumo por convicção privada não têm que se traduzir numa obrigação de prestação pública do Estado. Nunca entendi porque é que há aulas de religião nas escolas, e principalmente nas públicas.
Sou católica mas acredito num Estado laico e não vejo incompatibilidade entre uma e outra coisa. Agora que andamos todos outra vez a falar do Tratado e da defunta Constituição Europeia, não posso deixar de insistir em que o que nos define verdadeiramente, o legado cultural da Europa para o mundo, não são tanto as suas raízes cristãs, mas a capacidade de traçar essa linha conceptual entre o Estado e a Igreja, entre o temporal e o espiritual, e de conviver com ambas as realidades sem sucumbir a uma luta de poder entre elas.

solstício de Verão

"Do you always wait for the longest day of the year and then miss it? I always wait for the longest day of the year and then miss it." (Daisy Buchanan)

The Great Gatsby, F. Scott Fitzgerald.

ainda o meu rico Santo António

Santo António foi um português com vocação universal. Deixou um legado espiritual notável, chegou a Doutor da Igreja e foi canonizado "enquanto o diabo esfrega um olho" (não resisti à blasfémia!).

Em Portugal, no entanto, só conseguiu uma nota de 20 paus, não chegou nem aos 10 finalistas dos Grandes Portugueses e ainda lhe montamos aquela festa parola em Lisboa, cada ano mais parecida com um desfile de Carnaval.

Deve ser por isso que Santo António pregava aos peixes...

Santo António

"Para Inês,
o meu amigo e eu"

Agustina Bessa-Luís
Lx 7-6-2003

O meu autógrafo preferido, é bom ter amigos comuns.

azul

férias grandes

Mar,
amigos,
livros,
areia com pedrinhas,
peixe grelhado,
praia,
rosmaninho,
castelos de areia,
bikinis,
céu azul,
gaivotas,
perna de pau da Olá,
pinheiros,
sesta,
jornais,
matraquilhos,
frango assado,
pão saloio, e
andar de baloiço!

8 June 2007

por entre luzes e sombras IV

um acorde musical...

por entre luzes e sombras III

Olha que giro! Pareço uma nota solta numa pauta de música.

6 June 2007

conversas paralelas

Enquanto via a exposição, ouvi duas miúdas, que não teriam mais de 6 anos cada uma, a terem a seguinte conversa:

"- Mira, África es el segundo país del mundo...", hesitou, e corrigiu "- el segundo continente en el mundo con más gente!"
"- Con más africanos...", foi a resposta, ao que a primeira insistiu:
"- No. Con más gente!"

Exacto! Pessoas são pessoas, para lá de fronteiras, países ou continentes. Parece óbvio, mas às vezes é preciso insistir.

PHE07

Sebastião Salgado - Campo de refugiados de Kibamba, Zaire, 1994

África é o título da exposição que Sebastião Salgado organizou especificamente para o festival PHOTOESPAÑA, que celebra 10 anos. Trata-se de um conjunto de fotografias das séries relativas aos êxodos e ao trabalho, com textos do Mia Couto a acompanhar.

5 June 2007

toiros e cavalos ruços II

Não faltou a afición lusa

para pedir a orelha! Orelha! Orelha!

No final, só o Andy Cartagena cortou uma orelha. O João Moura (filho) ainda deu a volta à praça. Pedimos a orelha, mas não a concederam... e também não nos devolvem Olivença. Não há direito!

toiros e cavalos ruços




















Tarde de "rejones" no Domingo, para encerrar a feria de San Isidro em Las Ventas.

Em cartaz, João Moura, Andy Cartagena e João Moura (filho).

Foto: Juan Pelegrín (mais aqui)

and the winner is

1) Vaya País - Cómo nos ven los corresponsales de prensa extranjera, Werner Herzog (coord.), ed. punto de lectura;

2) El Corazón Helado, Almudena Grandes, ed. Tusquets;

3) Poema del Cid - Texto completo en castellano actual, ed. Castalia.

4 June 2007

feria del libro II

No meio do caos que é a feira do livro de Madrid - as bancas não estão organizadas apenas por editora, mas também por livraria, com os 10 mais vendidos a repetirem-se um pouco por toda a parte - encontrei, para minha surpresa, estes bonitos livros:














A imagem ficou cortada, mas o cavalheiro está a beijar a mão da senhora em atitude galante... muito apropriado para quem conhece a história do Alves & Cia. Serão assim tão caros os direitos de autor para uma imagem apelativa à época e temática queirosianas? Ou será que afinal nós gostamos mesmo é de ver o Eça a espreitar de dentro do Q de Queirós?!











Confesso que acho o Saramago um bocadinho irritante, mas irrita-me ainda mais a forma como em Espanha o tratam, como se fosse prata da casa.
Só por curiosidade, são edições de bolso. Já temos edições de bolso do Saramago em Portugal? É que aquelas capas "beige burguês" não me parecem muito apropriadas para o autor em questão...

feria del libro




















weheeee, vamos andar de carrocel, cavalgar os livros, sonhar!

1 June 2007

dia mundial da criança

Aquarela (Toquinho / Moraes)

Um post para agradar a miúdos e graúdos.