31 May 2007
o Alberto João é que tem razão
29 May 2007
afinal o gajo até é honesto
23 May 2007
quero ter 18 anos outra vez
Ir ao Youtube à procura do nosso arquivo mental pode ter estas consequências. Eu só queria a canção das flores dos Einstürzende Neubauten, mas vídeo puxa vídeo e, 2 horas depois, deixo aqui a minha canção favorita dos H-Blockx (e pensar que achava este gajo gordo uma brasa!!).
Nunca mais se ouviu falar deles, nem dos Guano Apes. Julgo que o crossover alemão acabou, é pena. Estou a ficar sentimental, fica prometido um post com os Thumb que foram a minha última k7 pirata.
Einstürzende Neubauten - Blume
Há dois dias que está um céu de chumbo e trovoada sobre Madrid, assim que decidi ir à procura das flores da Primavera.
Dizem que as abelhas estão doentes...talvez um dia só nos reste mesmo uma ideia conceptual das flores.
16 May 2007
segredos bem guardados
14 May 2007
Ao Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros
9 May 2007
era uma vez um gato maltês
"Malta já é mais rica do que Portugal"
in Diário Económico, 08-05-2007
(não sei se ainda toca piano e fala francês, pois o artigo não falava realmente do gato, ou de Malta, mas do défice acima dos 3% em Portugal, que só será corrigido lá para as calendas gregas... não é por nada, mas se eu fosse o gato maltês, chateava-me. O artigo podia ter outro título qualquer, mas este título o que põe em evidência é a arrogância de pensar que A ou B deveriam ser, pela ordem natural das coisas, menos desenvolvidos, mais pobres, ou menos seja lá o que fôr que nós próprios. Lamento informar, mas isto não é um concurso e não há prémios de consolação)
2 May 2007
um velho amigo (2)
cair na real
Decidi passear pela rua e ver as montras. Bom, passear pela estrada, que nos passeios estão os carros das pessoas que com dinheiro vivem muito bem em Lisboa. Quando se acaba o passeio, começa o entulho. Comecei a reclamar que era uma visão terceiro-mundista, mas o Gonçalo rectificou que no dito terceiro mundo, pelo menos nos tais sítios frequentados pelas pessoas que com dinheiro vivem muito bem, há passeios e polícia na rua. Tive que admitir, aqui somos mais igualitários, o entulho na rua é para todos. Não vi tantas montras como gostaria. As galerias comerciais sucedem-se umas às outras, todas de vidro, luminosas e com um pátio interior com esplanadas. Todas têm imensas lojas vazias forradas a papel de embrulho. Pelos vistos, o tal dinheiro com que em Lisboa se pode viver muito bem não chega para comprar todas as coisas que um dia estiveram à venda nessas galerias...
o meu país imaginário (4)
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas –
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Lisboa, Sophia de Mello Breyner Andresen